Qual será o novo normal?

Valter Dall’agnol e Evandro Sander, sócios da DRS Auditores

Este é o questionamento que me faço todos os dias! A pandemia do covid-19 marcará o fim de um ciclo de consumo, produção e serviços? Vínhamos a algum tempo falando em disruptura digital e cognitiva e agora? O que era prioridade agora tornou-se necessidade para sobrevivência. Em pouco tempo paramos todos e precisamos nos reinventar.

No entanto uma única certeza! O mundo não será o mesmo pós-pandemia. Nossa volta à normalidade não será ao “normal” que conhecíamos. A nova realidade que se impõe exigirá maior responsabilidade, conhecimento, liderança, cidadania e respeito ao ser humano.
Nosso trabalho estava mudando, mas tínhamos a resistência usual para as mudanças e isto foi quebrado. A pandemia impulsionou para antecipação das mudanças que estavam em curso, como o trabalho remoto (Home Office), a educação a distância (EAD) e a reunião virtual. Nossas empresas terão uma cobrança ainda maior da sociedade por busca de sustentabilidade e responsabilidade social. O isolamento social evidenciou que temos outras formas de trabalhar, sendo algumas delas alternativas viáveis e até mais produtivas que aquelas utilizadas até agora.

Nossos hábitos de consumo serão alterados de forma irremediável e nossas empresas terão que repensar o que, onde e como produzem e ofertam seus produtos. Se a forma de consumir se altera, os investimentos e a forma de produzir terão que se adaptar para esta nova ordem, afetando e transformando nossos negócios.

A mudança mais expressiva no nosso dia a dia foi a forma de nos alimentarmos, simplesmente porque fecharam todos os restaurantes! Entretanto estes se reinventaram a partir de uma enorme e bem-vinda adaptação ocasionada pela mudança de hábitos e costumes (ou sucumbiram). Isto demonstra, não será o mais tradicional que sobreviverá, mas aquele que mais rapidamente se adaptar a esta nova realidade que se apresenta.

Precisamos refletir sobre esta nova realidade. Nossas empresas estão preparadas para as mudanças? O que eu faço e como faço ainda vai interessar ao meu cliente? O medo será inevitável, mas este não pode nos tirar a esperança de superar a crise e de nos adaptar ao novo ambiente, com responsabilidade social, consciência política e liberdade econômica.

Ao final desta crise não seremos os mesmos, mas poderemos estar mais fortes, mais preparados, mais solidários e mais integrados ao mercado e aos novos desafios que se apresentam.

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